INFORMAÇÕES GERAIS
A
Intel desenvolveu o Pentium II, usando como base o projeto do Pentium Pro.
Foram feitas algumas melhorias de um lado, e retirados alguns recursos (como o
suporte a 4 processadores) de outro, deixando o processador mais adequado ao
mercado doméstico.
A
mudança mais visível no Pentium II é o novo encapsulamento SEPP (Singled Edge
Processor Package). Ao invés de um pequeno encapsulamento de cerâmica, temos
agora uma placa
de circuito, que traz o processador e o cache L2 integrado. Protegendo esta placa,
temos uma capa plástica,
formando um cartucho muito parecido com um cartucho de vídeo-game.
Novamente,
foi alterado o encaixe usado pelo processador. O Pentium II não é compatível
tanto com as placas soquete 7,
quanto com as placas para Pentium Pro, exigindo uma placa mãe com o encaixe slot 1.
A
maioria dos usuários não gostou muito da idéia, já que por utilizar um novo
encaixe, o Pentium II era incompatível com as placas mãe soquete 7 disponíveis
até então, o que obrigava os usuários a trocar também a placa mãe no caso de um
upgrade. O uso do slot 1 não deixa de ser uma política predatória da Intel,
pois tendo sido criado e patenteado por ela, outros fabricantes não podem fazer
uso dessa tecnologia em seus processadores. A utilização do slot 1 pela Intel
foi o primeiro passo para a salada de padrões e tecnologias proprietárias que
temos atualmente no ramos dos processadores.
Porém,
do ponto de vista da Intel, a mudança foi necessária,
pois a presença do cache L2 na placa mãe limitava sua freqüência de operação
aos 66 ou 100 MHz da placa mãe, formando um gargalo.
Na época, a Intel não tinha outra solução para mover o cache L2 para mais perto do núcleo
do processador e ao mesmo tempo manter custos aceitáveis de produção. A técnica
utilizada no Pentium Pro, onde o cache L2 fazia parte do encapsulamento do
processador, mas era composto por um chip separado, era mais cara e gerava um
índice de defeitos muito maior, o que aumentava os custos de produção.
Já que não tinha outra opção melhor, acabou optando pelo uso do
encapsulamento SEPP.
Fora o aspecto externo, o Pentium II traz um cache L1 de 32 KB
(dividido em dois blocos de 16 KB para dados e instruções), cache L2 integrado
de 512 KB e compatibilidade com as instruções MMX. Como os processadores
anteriores, o Pentium II também oferece suporte a até 4 GB de memória RAM.
Como o Pentium II foi desenvolvido para o mercado doméstico,
onde ainda o Windows 98 é o sistema operacional mais utilizado, a Intel deu um
jeito de solucionar o problema do Pentium Pro com instruções de 16 bits,
adicionando ao processador um registrador de segmento. Ao contrário do Pentium
Pro, seu antecessor, o Pentium II pode processar instruções de 16 bits tão
rapidamente quanto processa as de 32, oferecendo um bom desempenho rodando o
DOS, Windows 3.x ou Windows 95/98.
IMAGENS
COMPARAÇÕES
Pentium II,
Celeron, MII e K6-2
Desempenho de processamento:
Muito embora o desempenho de
processamento seja um valor real para dizermos o quanto um processador é mais
rápido que outro, devemos nos lembrar que tão importante quanto o seu
desempenho de processamento bruto é seu desempenho de processamento matemático,
de vídeo e de disco – afinal, o micro é um conjumto de peças e não somente o
processador isolado.
O K6-2 da AMD foi uma revelação: o
K6-2-300 testado obteve um desempenho de processamento 5% superior ao do
Pentium II -300 e 70% superior ao Pentium MMX-223. O MII-PR300 da Cyrix, apesar
de ter obtido um desempenho 36,5% inferior ao do K6-2-300 e 33,24% inferior ao
do Pentium II -300, é 8% mais rápido que
o Pentium MMX-223. É valido lembrar que
o MII-PR300 trabalha internamente a 233 MHz. O processador Celeron, da Intel.
Com desempenho 52,9% inferior ao do Pentium II-266(o Celeron testado era de 266
MHz), esse é um dos piores processadores existentes no mercado. O Pentium
MMX-233, apesar de trabalhar a “apenas“ 233 MHz, consegue ser 27% mais rápido
que o Celerom-266.
TECNOLOGIAS
Cache L2 integrado: O Pentium II traz integrados ao
processador, nada menos que 512 KB de cache L2, o dobro da quantidade
encontrada na versão mais simples do Pentium Pro. No Pentium II porém, o cache
L2 trabalha a apenas metade do clock do processador. Em um Pentium II de
266 MHz por exemplo, o cache L2 trabalha a 133 MHz, o dobro da frequência do
cache encontrado nas placas mãe soquete 7, mas bem menos do que os 200 MHz do
cache encontrado no Pentium Pro. A Intel optou por usar este cache mais lento
para solucionar três problemas que atrapalharam o desenvolvimento e a
popularização do Pentium Pro:
O primeiro é o alto grau de incidência de defeitos
no cache. O cache full-spped do Pentium Pro era muito difícil de se produzir
com a tecnologia existente na época, o que gerava um índice de defeitos muito
grande. Como não é possível testar o cache separado do processador, era preciso
ter o processador pronto para depois testar todo o conjunto. Se o cache
apresentasse algum defeito, então todo o processador era condenado à lata do
lixo. Este problema inutilizava boa parte dos processadores Pentium Pro
produzidos, resultando em custos de produção mais altos e
consequentemente preços de venda mais elevados, que tornavam o Pentium Pro ainda
mais inacessível ao consumidor final. O cache mais lento utilizado no Pentium
II era mais fácil de se produzir, e ao mesmo tempo o formato SEPP permite
substituir os chips de cache durante o processo de fabricação, caso estes
apresentassem defeito.
O segundo problema é a dificuldade que a Intel
encontrou para produzir memórias cache rápidas na época do Pentium Pro;
dificuldade acabou impossibilitando o lançamento de processadores desta família
operando a mais de 200 MHz. Naquela época, a Intel ainda não tinha tecnologia
suficiente para produzir módulos de cache L2 capazes de trabalhar a mais de 200
MHz, com um custo de produção aceitável. Se o cache L2 do Pentium II operasse
na mesma freqüência do processador, o mesmo problema logo voltaria a aparecer,
atrapalhando o desenvolvimento de versões mais rápidas.
Por último, temos o fator custo, pois utilizando
memórias cache um pouco mais lentas no Pentium II, os custos de produção se
reduzem, tornando o processador mais atraente ao mercado doméstico.
Você nunca encontrará à venda uma placa mãe para
Pentium II com cache, já que o cache L2 já vem embutido na placa de circuito do
processador.
Multiprocessamento:
Ao contrário do Pentium Pro, o Pentium II oferece suporte ao uso de apenas dois
processadores simultaneamente, como o Pentium comum. Esta é mais uma adaptação
feita para diminuir um pouco o preço de venda.
Outra razão desta limitação, é tornar mais atraente o Pentium II
Xeon (pronuncia-se "Zion"), basicamente um Pentium II equipado com um
cache mais rápido, suporte ao uso de até 8 processadores e suporte a mais
memória RAM. Naturalmente, o Xeon é um processador muito mais caro, dedicado ao
mercado de servidores e Workstations.
REFERENCIAS
http://www.clubedohardware.com.br/artigos/pentium-ii-celeron-mii-e-k6-2/767/5#
http://www.mynikko.com/CPU/PentiumIIOverDrive.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Pentium_II
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